05-02-2021
POLTRONAS ICÔNICAS QUE FIZERAM HISTÓRIA!

Móveis e objetos de design são sempre um sonho de consumo, afinal deixam qualquer ambiente marcante e super confortável! ♥ Elas atravessam gerações e continuam nos encantando ♥ A história do design de móveis é marcada pela confecção de peças que impactaram a relação do homem com os objetos que o cercam. Cadeiras icônicas são um excelente exemplo da diversidade de conceitos e tendências aplicadas ao desenvolvimento de móveis que utilizamos no dia a dia.
Então, essa semana resolvi trazer para vocês um pouco desse universo, envolvendo poltronas. Um item muito comum e necessário em casa, e que com toda certeza, pode deixar seu ambiente muito mais descontraído, imponente ou elegante. Seja com design moderno, contemporâneo ou clássico, essas poltronas têm muita história para contar. Quer saber mais sobre essas peças incríveis? Vem comigo dar aquela espiadinha 😉
Vale lembrar que a escolha de uma destas peças terão um valor extra no seu orçamento final, mas vale a cada centavo do investimento 😉 Quer saber porque investir numa poltrona de designer na sua decór? Muito simples…
1-Traz versatilidade e funcionalidade para qualquer ambiente;
2-Quebra a sobriedade do ambiente;
3-Complementa a decoração de terraços e varandas cobertas;
4-Preenche espaços amplos trazendo vida ao cômodo;
5-Pode ser usado como móvel substituto de um sofá;
6-Traz aconchego e conforto aos ocupantes do espaço;
7-Acrescenta charme e personalidade na decoração;
8-Pode ser usada como divisória de ambiente…
Claro, eu poderia citar mais uns 1000 motivos aqui, né?
Vamos começar falando de uma brasileiríssima: a Cadeira Paulistano. Desenvolvida pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha (1957), é uma das poltronas de design brasileiro mais famosas do mundo. Ela levou o primeiro Prêmio do Museu da Casa Brasileira, um dos principais prêmios do design brasileiro. A peça foi criada para integrar o mobiliário do Ginásio do Clube Atlético Paulistano e, com toda sua elegância, entrou para o acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Ai que orgulho, né?
Seu conceito é simples: trata-se de uma estrutura de aço coberta por uma capa removível de algodão. Apesar da simplicidade, essa poltrona de design brasileiro apresenta uma elegância única, fruto da genialidade de Paulo Mendes da Rocha. Originalmente, é feita com estrutura de aço inox e assento de couro.
Cadeira Bowl, Lina Bo Bardi. A famosa peça da arquiteta ítalo-brasileira foi criada em 1951 e possui uma identidade única ao se tratar do design, tornando-se uma criação irreverente e moderna até hoje.
Seguindo o princípio de que o usuário é o centro de cada projeto, a peça foi criada em forma de cumbuca de barro (inspirada em tigelas utilizadas por caiçaras) e pode mover-se para todos os lados, apoiada sobre um suporte metálico. Trata-se de um dos exemplos mais famosos de como Lina admirava a cultura brasileira e levava seus elementos para seus projetos. Além do formato irreverente, a poltrona se destaca pelo conforto, já que permite a movimentação para todos os lados.
As criações da arquiteta surpreenderam projetistas e críticos da arte pela irreverência e, sem dúvida, pela forma única que transmitia a sua visão do mundo às obras.
Outra peça deixada de herança para nós foi a Poltrona três pés. Assinada em parceria com Giancarlo Palanti, a poltrona Três Pés foi considerada uma das primeiras interpretações da cultura brasileira pelo mobiliário. O uso de tecido e couro suspenso pela estrutura chegava a lembrar a tradição indígena de produzir redes.
É um objeto de desejo pois é um símbolo do que foi o trabalho de Lina Bo Bardi com o desenho industrial, mas também da liberdade com que a arquiteta criava. Ela mistura elementos industriais, como o metal, com materiais naturais, num desenho que remete à cultura popular e ao artesanato. E se adapta ao corpo de quem senta — em vez de obrigar que o corpo se adapte a ela.
Não dá pra falar de poltronas de design brasileiro sem citar o mestre Sérgio Rodrigues, não é mesmo? E esta é a maravilhosa Poltrona Mole (1957), responsável por levar o nome do designer para o mundo todo. A peça é feita em couro e madeira com inovações de encaixe e estofado que inspiram produtos até hoje. Atualmente, a poltrona Mole também integra o acervo do (MoMA).
Sérgio foi o pioneiro a transformar designer brasileiro em industrial e torná-lo conhecido mundialmente. É até difícil acreditar que uma peça tão fantástica como essa passou seus primeiros anos no ostracismo. Mas, felizmente, a Poltrona Mole hoje é um sucesso e sonho de consumo de muitos clientes.
É até difícil escolher só alguma peça produzida por ele, afinal são vários móveis icônicos. Mas uma que me encanta muito é a poltrona Diz, que tornou-se um dos clássicos da produção de Sergio Rodrigues. Leve e extremamente confortável, graças à sua dupla curvatura, é fabricada inteiramente em madeira e está disponível em diversas tonalidades, nas versões com ou sem os famosos furos redondos que são marca registrada do designer carioca. Em 2020 ganhou uma nova versão, com assento e encosto inteiramente estofados e revestidos de couro.
Flávio de Carvalho foi um arquiteto moderno brasileiro que também atuou como pintor, desenhista, cenógrafo, decorador, escritor, teatrólogo e engenheiro. Com esse extenso currículo e trabalhos sensacionais, não é à toa que Flávio criou uma das poltronas de design brasileiro mais marcantes e ousadas: ♥ a FDC1 ♥ Com traços minimalistas e esculturais, a poltrona tem referências tribais e até mesmo de objetos sadomasoquistas.
A peça tem duas tiras de couro transpassadas por uma terceira tira no encosto. No assento, o mesmo material é utilizado.
Outro nome que não pode faltar em qualquer lista de design de móveis brasileiro é o escritório dos irmãos Campana. Uma das principais características da dupla é usar materiais do dia a dia e reaproveitáveis em suas criações. Um exemplo é a Poltrona Vermelha (1993), feita com 450 metros de corda, originalmente comprada na feira, trançada na estrutura da poltrona.
Assim como a Poltrona Mole, essa peça não fez sucesso logo de cara. O destaque mundial veio em 1994, quando foi o primeiro móvel brasileiro a ser exposto no MoMa, o Museu de Arte Moderna de Nova York. Uma curiosidade sobre essa poltrona de design brasileiro é que sua confecção é tão complexa que apenas um homem é responsável pela sua confecção na empresa onde ela é fabricada atualmente.
A poltrona Costela foi desenvolvida pelo arquiteto e designer austríaco Martin Eisler (conhecido por seu traçado de linhas elegantes e curvilíneas), em 1956. Quanto a sua estrutura, pode-se dizer que a poltrona costela se trata de uma peça feita com metal e ripas multilaminado em madeira imbuia. Já as almofadas com detalhes em capitonê que também fazem parte desse móvel são presas ao assento e ao encosto por meio de velcros.
É difícil não se encantar com o design peculiar da poltrona costela. Elegante, versátil e aconchegante, a poltrona costela pode complementar com personalidade a decoração de diferentes cômodos da casa como salas de estar, salas de jantar, quarto, varanda, home office, bem como, escritórios.
De 1928, o arquiteto Le Corbusier criou a LC2 Petit Modèle, uma poltrona em forma de cubo, com estofado em couro, preso por uma estrutura em aço tubular. Ela também faz parte da coleção do MoMA. A mesma se eternizou pela simplicidade, conforto, linhas limpas e design inovador, sendo até hoje um clássico do mobiliário.
Projetada pelo Arquiteto Mies van der Rohe (1929), a poltrona Poltrona Barcelona foi criada para ser apresentada no pavilhão alemão da Feira Internacional de Barcelona, na Espanha. Ela é formada por duas peças, a cadeira e o apoio para os pés.
A poltrona original tinha parafusos e estofado que não era muito confortável, e em 1950 ela tem o seu desenho modificado com a estrutura de metal sem emendas , ficando muito mais bonita e bem acabada.
Criada em 1938, pelo catalão Antoni Bonet e pelos argentinos Juan Kurchan e Jorge Ferrari-Hardoy, a cadeira Butterfly também é conhecida como Hardoy Chair ou BKF. A peça faz parte do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York desde 1944 e virou sinônimo de conforto e atemporalidade.
Projetada em 1948 também pelo Arquiteto Charles Eames e sua esposa, esta cadeira faz parte das cadeiras icônicas do século XX. Feita em acrílico possui a versão de cadeira de balanço, e podem ou não ter os pés de madeira.
A linha original possui várias cores. A mesma possui esse nome por causa dos pés metálicos com uma estrutura entrelaçada lembrando a Torre Eiffel.
Essa é um clássico dos clássicos que todo mundo quer em casa, inclusive euzinha!! Em 1956, o arquiteto Charles Eames e sua esposa Ray criavam o que seria uma de suas obras mais importantes, a Poltrona Eames Lounge e Ottoman.
Feita com madeira laminada colada moldada sob pressão e couro, levou anos de estudo para que ela chegasse na forma ideal, sendo liberada assim para a venda. Exemplos deste modelos fazem parte do acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York.
Outro clássico do mobiliário foi a poltrona Egg (1958), projetada pelo arquiteto Arne Jacobsen para o Hotel Royal em Copenhague que logo ganhou o mundo. A mesma possui esse nome pelo seu formato que lembra claramente um ovo. Ela é tão famosa que quando fez 50 anos de criação ganhou 999 versões do “ovo”. Justamente pelo seu design diferenciado, a poltrona se enquadra em várias facetas do nosso dia, serve como poltrona de leitura, amamentação, recepção, decora e rende charme e sofisticação ao ambiente.
A poltrona Swan é mais um exemplo da leveza e fluidez das formas típicas de Arne Jacobsen. Desenhada originalmente para compor o lobby do Royal Hotel, em Copenhagen, em 1958, a poltrona é resultado dos estudos do designer em integrar o design à arquitetura. Possui uma beleza única e é bem versátil, caindo bem nos mais diversos tipos de ambiente, sempre trazendo um toque de elegância e conforto. Além do couro natural, pode ser encontrada em couro ecológico, camurça ou mesmo com estampas personalizadas.
Também ganhou uma versão sofá, que mantém os mesmos traços do projeto original da cadeira.
Projetada em 1925 pelo arquiteto e designer norte-americano Marcel Breuer, a poltrona Wassily é o grande clássico da sua produção. Dizem que Breuer inspirou-se na estrutura de uma bicicleta para criar a poltrona de aço tubular. Ela também integrava o projeto de interiores do apartamento do pintor Wassily Kandinsky.
A poltrona Papa Bear foi criada pelo designer dinamarquês Hans J. Wegner, em 1951, considerado por muito como o “mestre das cadeiras”. A peça foi a primeira a ser produzida na oficina de marcenaria PP Møbler e marca o início da longa parceria entre eles. Os apoios de braços de madeira foram projetados para lembrar os braços de um urso e abraçar com muito conforto a pessoa sentada.
E pra fechar com chave de ouro nossa seleção de designs do dia, mais uma brasileirinha pra vocês morrerem de amores!! A cadeira de balanço (1977) idealizado por Oscar Niemeyer.
Ela exibe estrutura de madeira prensada ebanizada, trama de palhinha e rolinho de couro. O mobiliário desse arquiteto é definido pelas linhas curvas, eternizadas tanto em sua arquitetura como nas frases poéticas cunhadas por ele: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura e inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual.” A matéria-prima que permitiu criar o efeito fluido no mobiliário foi o sistema de madeira prensada.
Lembrando que todos os modelos citados, além do seu design contemporâneo e inusitado, feitos com bons materiais e bom acabamento, ainda pode ser customizado com materiais e cores diferentes, e até personalizados. Impossível não se render a estes encantos!!
Inspirem-se para escolher o modelo e estilo de assento ideal para incrementar a decoração e funcionalidade do seu ambiente ♥ Beijinhos!!
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